Entre, fique à vontade, peça um café, desenrole sua palavra. Leia, desleia, ouça minha voz na minha palavra e a faça conversar com a sua. Entre, fique à vontade...

-Aline Cunha-

24 de fevereiro de 2011

Vazio




Um delírio insolente de ópio
Abriu a porta da minha casa
E me feriu com uma liberdade arriscada
Suja e falsa ideia, ódio

Era tarde do dia
De uma noite sombria
Senti um escuro fervendo
No corpo, talvez, ainda sereno

Sereno. Será que ainda estou?
O silêncio me corrompe e até mesmo me esconde
Ainda não sei quem sou
Nessa leva que me leva para longe...
De mim

Era a minha companhia perfeita
Que ficava na minha gaveta
À espera de um trago, um abraço
Mas veja só ando perdendo meu espaço!

Aquela droga que ontem foi vontade
Hoje me mata de saudade,
Saudade do homem que eu era
Saudade de quem ainda me espera,
Voltar desse submundo...
Vazio.


(Aline Cunha)

23 de fevereiro de 2011

Fortaleza crua, nua de sentido


Na razão, sentimentalize 






Ou qualquer ilusão 

Sombra de vontade

Aquela será sempre sua razão

Fortaleza, onde queres

E o encontro do ser puro

Em todas as horas ser infinito

Jamais ser criança

Num coração maduro

Serás a toda hora o equilíbrio e naturalidade

Busque a paz do interior e siga em frente.




(Aline Cunha)

21 de fevereiro de 2011

Sabe?



Todas as horas escorrem na hora em que eu mais preciso
Os minutos parecem absurdos diante de uma criatura mínima

Sabe?

Os dias voam quando eu mais preciso que eles se arrastem
Um dia tão grande para uma criatura mínima

Ouço o que não quero mas nem troco eu peço
Às vezes dá vontade de sair correndo
Mas correndo de que e para quê?
Sou livre.

Desde quando preciso de horas e dias para ser livre?
Ainda procuro um lugar para me esconder
Diante disso tudo me sinto num casulo

Escuro
Fechado e,
Sem ar.

Pobre absurdo, logo eu?



(Aline Cunha)

16 de fevereiro de 2011

"Pedaços

mal colados

de um quebra-cabeças

sem

 fim"


(Aline Cunha)