Entre, fique à vontade, peça um café, desenrole sua palavra. Leia, desleia, ouça minha voz na minha palavra e a faça conversar com a sua. Entre, fique à vontade...

-Aline Cunha-

21 de fevereiro de 2011

Sabe?



Todas as horas escorrem na hora em que eu mais preciso
Os minutos parecem absurdos diante de uma criatura mínima

Sabe?

Os dias voam quando eu mais preciso que eles se arrastem
Um dia tão grande para uma criatura mínima

Ouço o que não quero mas nem troco eu peço
Às vezes dá vontade de sair correndo
Mas correndo de que e para quê?
Sou livre.

Desde quando preciso de horas e dias para ser livre?
Ainda procuro um lugar para me esconder
Diante disso tudo me sinto num casulo

Escuro
Fechado e,
Sem ar.

Pobre absurdo, logo eu?



(Aline Cunha)

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