Entre, fique à vontade, peça um café, desenrole sua palavra. Leia, desleia, ouça minha voz na minha palavra e a faça conversar com a sua. Entre, fique à vontade...

-Aline Cunha-

24 de fevereiro de 2011

Vazio




Um delírio insolente de ópio
Abriu a porta da minha casa
E me feriu com uma liberdade arriscada
Suja e falsa ideia, ódio

Era tarde do dia
De uma noite sombria
Senti um escuro fervendo
No corpo, talvez, ainda sereno

Sereno. Será que ainda estou?
O silêncio me corrompe e até mesmo me esconde
Ainda não sei quem sou
Nessa leva que me leva para longe...
De mim

Era a minha companhia perfeita
Que ficava na minha gaveta
À espera de um trago, um abraço
Mas veja só ando perdendo meu espaço!

Aquela droga que ontem foi vontade
Hoje me mata de saudade,
Saudade do homem que eu era
Saudade de quem ainda me espera,
Voltar desse submundo...
Vazio.


(Aline Cunha)

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