Entre, fique à vontade, peça um café, desenrole sua palavra. Leia, desleia, ouça minha voz na minha palavra e a faça conversar com a sua. Entre, fique à vontade...

-Aline Cunha-

15 de junho de 2011


Sonho de um poeta




Sou um mero poeta a brincar de livro.
Aflito por ver tantas palavras se desenrolarem
Na mente e no papel
Sozinho com a caneta a rabiscar,
Mas muito feliz por fazer alguém sonhar.
A borracha, deixo de lado, pois não quero apagar esta tão minha palavra
Trazida de um mundo tranquilo
Sem saber escrevo cada verso com rima e desenhos certos
Ainda que não fosse poeta enxergaria um mundo colorido
Colorido de palavras
Onde me perco de vontade de tê-las junto a mim
Sabe mais?
Depois de escrevê-las tenho a sensação de voar
Quando as vejo balançar num papel
Quando as vejo em minhas leituras d’alma
Tantos livros espalhados
Com tantos sonhos desenhados
E eu ali vidrado: aventura, palavra, vida-palavra
Que surge, que move e, às vezes….morde
Palavra sorrindo,
Cantando,
Contagiando,
E eu um mero poeta a sonhar lendo este livro.


(Aline Cunha)