Entre, fique à vontade, peça um café, desenrole sua palavra. Leia, desleia, ouça minha voz na minha palavra e a faça conversar com a sua. Entre, fique à vontade...

-Aline Cunha-

4 de setembro de 2012

Em cada ponta de vida,

Soprar o novo universo....



Aline Cunha



20 de dezembro de 2011

‎"Se eu quisesse vez ou outra me tornar 




um poeta



Não teria tanta palavra engasgada"
















Aline Cunha

13 de julho de 2011

"Anseio por palavras mais aflitas,

Por palavras mais distintas:

Lápis,

Papel

   E tinta..."




(Aline Cunha)

8 de julho de 2011




A capacidade de criar está 




intimamente ligada à 




capacidade de 




entender a alma.





(Aline Cunha)

15 de junho de 2011


Sonho de um poeta




Sou um mero poeta a brincar de livro.
Aflito por ver tantas palavras se desenrolarem
Na mente e no papel
Sozinho com a caneta a rabiscar,
Mas muito feliz por fazer alguém sonhar.
A borracha, deixo de lado, pois não quero apagar esta tão minha palavra
Trazida de um mundo tranquilo
Sem saber escrevo cada verso com rima e desenhos certos
Ainda que não fosse poeta enxergaria um mundo colorido
Colorido de palavras
Onde me perco de vontade de tê-las junto a mim
Sabe mais?
Depois de escrevê-las tenho a sensação de voar
Quando as vejo balançar num papel
Quando as vejo em minhas leituras d’alma
Tantos livros espalhados
Com tantos sonhos desenhados
E eu ali vidrado: aventura, palavra, vida-palavra
Que surge, que move e, às vezes….morde
Palavra sorrindo,
Cantando,
Contagiando,
E eu um mero poeta a sonhar lendo este livro.


(Aline Cunha)



6 de abril de 2011



"As palavras do poeta não são as minhas, mero mortal"




(Aline Cunha)

16 de março de 2011

Di(amantes)






Dias nublados
Refletem a sombra do meu olhar
Insignificante tardio

Ocultos, flamenjantes
Quando chegas perto,
Incerto

Delicadeza em mãos
Mas nunca percebida
Ontem vi você chegar tão distraída

Dias nublados
Afogam-me, disparados
Quer que eu vá nesse emaranhado?
Ou fique à espera dos teus olhos cansados?

Sente-se ao meu lado
Roube o meu embalo
Diga ao meu ouvido toda a verdade
Singelo covarde

Ainda estou aqui como ontem cheguei,
Mas iludido por uma beleza,
Disfarçada.

Entregue como nunca, diamante,
Distante, mas sempre amante.


(Aline Cunha)

24 de fevereiro de 2011

Vazio




Um delírio insolente de ópio
Abriu a porta da minha casa
E me feriu com uma liberdade arriscada
Suja e falsa ideia, ódio

Era tarde do dia
De uma noite sombria
Senti um escuro fervendo
No corpo, talvez, ainda sereno

Sereno. Será que ainda estou?
O silêncio me corrompe e até mesmo me esconde
Ainda não sei quem sou
Nessa leva que me leva para longe...
De mim

Era a minha companhia perfeita
Que ficava na minha gaveta
À espera de um trago, um abraço
Mas veja só ando perdendo meu espaço!

Aquela droga que ontem foi vontade
Hoje me mata de saudade,
Saudade do homem que eu era
Saudade de quem ainda me espera,
Voltar desse submundo...
Vazio.


(Aline Cunha)

23 de fevereiro de 2011

Fortaleza crua, nua de sentido


Na razão, sentimentalize 






Ou qualquer ilusão 

Sombra de vontade

Aquela será sempre sua razão

Fortaleza, onde queres

E o encontro do ser puro

Em todas as horas ser infinito

Jamais ser criança

Num coração maduro

Serás a toda hora o equilíbrio e naturalidade

Busque a paz do interior e siga em frente.




(Aline Cunha)

21 de fevereiro de 2011

Sabe?



Todas as horas escorrem na hora em que eu mais preciso
Os minutos parecem absurdos diante de uma criatura mínima

Sabe?

Os dias voam quando eu mais preciso que eles se arrastem
Um dia tão grande para uma criatura mínima

Ouço o que não quero mas nem troco eu peço
Às vezes dá vontade de sair correndo
Mas correndo de que e para quê?
Sou livre.

Desde quando preciso de horas e dias para ser livre?
Ainda procuro um lugar para me esconder
Diante disso tudo me sinto num casulo

Escuro
Fechado e,
Sem ar.

Pobre absurdo, logo eu?



(Aline Cunha)